Meteorologia
Define-se superfície frontal como sendo a zona fortemente baroclínica de transição entre duas massas de ar com características diferentes. As superfícies frontais tomam a designação da massa de ar mais frio. A intersecção de uma superfície frontal com a superfície do globo designa-se por frente. Em altitude, também se chama frente à intersecção da superfície frontal com uma superfície isobárica.
1.1.Tipos de superfícies frontais
De acordo com a classificação das massas de ar, há a considerar as seguintes superfícies frontais:
Superfície frontal árctica / antárctica, que é a zona de separação entre as massas de ar árctico e polar;
Superfície frontal polar;
Superfície frontal subtropical, que é a zona de separação entre as massas de ar das latitudes médias e tropical.
Das superfícies frontais mencionadas, a mais importante é a superfície frontal polar, pois as massas de ar por ela separadas, têm características termodinâmicas bem definidas, o que permite facilmente identificar e localizar a superfície frontal.
1.2.Frontogénese
Vimos que as massas de ar têm características diferentes. Por esta razão, quando duas massas de ar se encontram, gera-se uma zona onde se dá a variação brusca das propriedades que a caracterizam. Esta zona tem espessura variável, podendo atingir alguns quilómetros. Seria lógico designá-la por zona frontal e não por superfície frontal, como é habitual.
Designa-se por frontogénese o processo de formação de superfícies frontais. Durante este processo forma-se uma zona de descontinuidade no que se refere aos diferentes parâmetros termodinâmicos. Assim, quando se passa de uma massa de ar para outra, há variações bruscas de temperatura, humidade, direcção e velocidade do vento.
O Hemisfério Norte é mais propício à formação de superfícies frontais bem definidas, por ser mais heterogéneo que o Hemisfério Sul. No Hemisfério Norte, a massa de ar relativamente fria e seca que se forma sobre vastos continentes