METAPLASMOS: UM ESTUDO SOBRE AS VARIEDADES FONÉTICAS
Débora da Fonseca Mota*
Elainy Camillo*
Patrícia Alvarenga dos Santos*
Sarana Canal Sampaio*
*Graduandos em letras, português, inglês e espanhol – UNIVEN
RESUMO
O artigo apresentado trata-se de uma pesquisa sobre metaplasmos. Fundamentados na pesquisa sociolinguística de Tarallo e em Marcos Bagno, analisamos a entrevista com uma pessoa pouco escolarizada na faixa etária de 60 anos.
Palavras chaves: metaplasmos, pouco escolarizada, 60 anos, metafonia, apócope.
INTRODUÇÃO
A Língua Portuguesa, desde o Latim, passou por diversos processos de transformação fonética até se transformar na Língua que hoje conhecemos. Essas alterações ocorrem porque com o passar do tempo, os falantes de uma mesma língua muda inconscientemente a pronúncia das palavras, dando origem a diversas modificações fonéticas. A esses processos damos o nome de metaplasmos, que segundo Coutinho são, "modificações fonéticas que sofrem as palavras na sua evolução" (COUTINHO, 1958, p.152).
Tais processos continuam a acontecer em nossa língua e com mais frequência do que imaginamos. Os metaplasmos continuam a modificar a língua portuguesa. Afinal, como diz Bagno (2007, p.164): “toda língua muda com o tempo. [...] enquanto tiver gente falando uma língua ela vai sofrer variação e mudança, incessantemente”.
Quanto a essa variação linguística citamos Pagotto:
“A mudança lingüística é um dos fenômenos mais fascinantes e misteriosos que há. Fascinante, porque ao lado da possibilidade ou da ilusão de uma mesma língua, convivemos, de alguma maneira, com o fato de que essa mesma língua está em mutação; misterioso, já que ainda não se sabe com clareza por que um fenômeno de mudança começa, sabe-se hoje como acaba, especialmente depois que acaba.” (PAGOTTO, 2006)
Podemos observar as mudanças fonéticas na fala cotidiana de qualquer indivíduo falante materno de língua portuguesa. Com esse objetivo redigimos este artigo que foi baseado numa