Oralidade x escrita
Homenagem ao Prof. Dr. Ataliba Tei xeira de Castilho
METAPLASMOS: A DIFERENÇA ENTRE A FALA E A ESCRITA1
Selma Aparecida dos Santos Silva (UEMS/NA) selapsi@hotmail.com Marlon Leal Rodrigues (CEAPD/NEAD/UEMS) marlon@uems.br
Resumo: no presente trabalho, verificaremos como a norma padrão, que é ensinada especialmente nas unidades de ensino escolar, pode influenciar na fala de informantes de diferentes níveis de ensino. Tendo em vista a variação que ocorre na fala pela sua própria especificidade e que é interpretada como “errônea”, deve-se destacar que todo o indivíduo se utiliza da língua e da linguagem para expressar suas idéias e seus pensamentos como forma de estar no mundo, ou seja, a língua organiza o mundo de forma diversa para o indivíduo. Os falares de uma comunidade é resultado do meio ao qual está inserido – cultural, econômico, social, grupos diversos etc. - sendo que a diferença (que obedece a uma certa sistematicidade) na fala surge de forma espontânea e se adequada ao momento. O estilo da fala constitui como um desafio no estudo da variação sociolingüística. O principio básico é o de que nenhum falante utiliza a língua da mesma forma em todas as ocasiões, o que implica a escolha entre várias possibilidades de expressão. É importante destacar que, numa expressão lingüística, uma variação pode ser utilizada tanto na fala como na escrita. Podemos verificar tal afirmação vendo os exemplos seguir: (4) “torneira, tornera” / (6) “cadeado, cadiado”. A variação ocorrida através da escrita dos alunos é uma característica que nos faz perceber o quando a linguagem popular muitas vezes é vista de forma errônea, contudo entre a escrita e a oral ocorre de forma espontânea deixando, como o reflexo da oralidade