Metalurgia do aço
O ferro existe na natureza geralmente sob a forma de óxidos, nos minérios de ferro, dos quais é extraído quase sempre por meio de um forte aquecimento em presença de coque ou carvão de madeira, em fornos adequados, nos quais o óxido é reduzido e o ferro resultante ligado ao carbono. Forma-se assim uma liga de ferro e carbono que, depois de refinada, constitue a matéria-prima para o fabrico da grande maioria das peças metálicas atualmente empregadas, com suas interessantes propriedades mecânicas e seu custo relativamente baixo.
Os produtos siderúrgicos comuns são ligas ferro-carbono com teor de carbono compreendido entre 0 e 6,7% (industrialmente entre 0 e 4,5%). Os mais importantes, que comentaremos no trabalho, são os aços e os ferros fundidos. Os mesmos são obtidos por via líquida, isto é, são elaborados no estado de fusão. São chamados aços, quando contém de 0 a 2% de carbono, e ferros fundidos, quando o teor desse elemento está entre 2 e 6,7%.
O exame metalográfico encara o metal sob o ponto de vista de sua estrutura, procurando relacioná-la às propriedades físicas, composição, processo de fabricação, etc., de modo a poder esclarecer, ou prever seu comportamento numa determinada aplicação. O exame pode ser feito à vista desarmada (exame macrográfico, ou macrografia) ou com o auxílio de um microscópio (exame micrográfico ou micrografia). Esses exames são feitos em seções do material, polidas e atacadas com reagentes adequados.
Pela micrografia dos metais determina-se sua constituição e sua textura. A importância deste exame decorre do fato de as propriedades mecânicas de um metal dependerem não só da sua composição química como também da sua textura. Com efeito, um mesmo aço pode tornar-se mole, duro, duríssimo, quebradiço, elástico, tenaz, etc., conforme a textura que apresentar e que lhe pode ser dada por meio de trabalhos mecânicos ou tratamentos térmicos adequados. Se por um lado, a análise química revela de que se compõe o