metabolismo do cálcio
A absorção e a excreção intestinal do cálcio
A quantidade média de ingestão de cálcio através dos alimentos é de cerca de 1000 mg/dia, o que equivale à quantidade presente em um litro de leite. No entanto, com o auxílio da vitamina D, apenas 35% desse valor é absorvido, pois os intestinos têm dificuldade de absorver a forma iônica do Cálcio (Ca++). Além disso, uma média diária de 250 mg são perdidos com a secreção de sucos digestórios e a descamação de células da mucosa intestinal. Estes serão excretados nas fezes junto com os 65% não absorvidos, totalizando cerca de 900 mg/dia.
A vitamina D (sua forma ativa, na verdade, conhecida como 1,25-diidroxicolecalciferol após transformação no fígado e nos rins) atua na mucosa intestinal estimulando a formação de uma proteína ligante do cálcio, a qual facilita a difusão deste elemento para a circulação sanguínea.
A calcitonina, outro hormônio do metabolismo do cálcio a ser discutido adiante, também exerce algum efeito nos intestinos no sentido de diminuir a concentração de cálcio no sangue, mas é de pouca monta e raramente é levado em consideração.
A excreção renal do cálcio
Aproximadamente 100 mg do cálcio ingerido diariamente é excretado pela urina. Esta excreção é realizada de acordo com a concentração do íon Ca++ no sangue – quando ela está baixa, a filtração dos rins até a bexiga é maior, e vice-versa. Não por coincidência, 100 mg é o saldo positivo da absorção de Cálcio pelos intestinos, configurando uma relação de equilíbrio entre a ingesta e a saída do elemento pelo organismo.
O PTH (paratormônio), hormônio secretado pelas glândulas paratireóides, afeta diretamente o processo de excreção renal de cálcio, pois aumenta a reabsorção nos túbulos renais após a primeira filtragem. Não fosse o efeito do PTH sobre os rins, a perda contínua de Cálcio na urina provocaria grande queda nos níveis sanguíneos e, em seqüência, também nos ossos.
As glândulas paratireóides, localizadas