Metabolismo da Creatina
A creatina ou ácido metil acético-guanidina é encontrado em abundância no músculo esquelético, e em menor quantidade no cérebro, fígado, rins e testículos. No homem com um peso médio de aproximadamente 70kg, a quantidade total de creatina é de cerca de 120g .
Além de estar presente nos alimentos, principalmente os de origem animal (carnes em geral), a creatina pode ser sintetizada (Figura-1), no fígado, através de 3 aminoácidos (Glicina, Arginina e Metionina), sendo transportada posteriormente para o tecido muscular, onde aproximadamente 95% do seu total se encontra estocado. Aproximadamente 60% da creatina presente no músculo, em repouso, se encontra na forma de fosfato de creatina (CP). A suplementação oral de creatina parece diminuir sua produção endógena, mas essa diminuição é revertida quando a suplementação é interrompida. A quantidade de creatina corporal é relativamente instável, com uma reposição diária de aproximadamente 2g. No entanto essa quantidade depende de vários fatores, tais como: ingestão pela dieta, idade, sexo, e quantidade de massa muscular.
Tem sido proposto dois mecanismos para esclarecer as altas concentrações de creatina dentro do músculo. O primeiro envolve o transporte de creatina por um processo saturável específico de entrada, o segundo requer a captura da creatina dentro do músculo. Recentes estudos demonstram que a entrada de creatina dentro dos músculos ocorre ativamente contra um gradiente de concentração, possivelmente envolvendo a interação entre a creatina e um sítio específico de membrana, o qual reconhece o grupo amida.
Recentemente, foi identificado um transportador de creatina sódio dependente, no músculo esquelético, coração e cérebro. Isso sugere que na musculatura esquelética o sistema de transporte não seja saturável, desse modo suportando a idéia de captura intracelular desse ácido. Essa captura irá resultar na geração de um gradiente de concentração, mas a fosforilação parece não ser o