Vias metabólicas e nutrição - Metabolismo esportivo

Nessa aula, incialmente, abordaremos de forma superficial os conceitos de energia e balanço energético. Em seguida, trataremos do metabolismo anaeróbio, mais especificamente dos sistemas fosfagênio e glicolítico e, posteriormente, do metabolismo aeróbio, quando discutiremos carboidratos, gorduras e proteínas.

Em física, aprendemos que a energia pode ser definida como a capacidade de realizar trabalho. Em química, de acordo com a lei de conservação das massas proposta por Lavoisier, “na natureza nada se cria e nada se perde, tudo se transforma”. Em termos energéticos, isso reflete na primeira lei da termodinâmica, lei da conservação da energia.

Trazendo esse conceito para a nutrição, podemos enxergar os alimentos como fontes energéticas, que conservam sua energia na forma de ligações químicas. No organismo, esses alimentos, ao serem metabolizados, podem transformar essa energia química em energia mecânica, por exemplo, para a contração muscular; em energia térmica, por exemplo, para a manutenção da temperatura corporal através da produção de calor; podem conservá-la na forma de energia química, por exemplo, armazenamento de gordura; etc.

Toda essa transformação energética ocorre através de vias metabólicas. Por que? Se considerarmos que toda a energia armazenada em uma molécula de glicose pudesse ser liberada para o organismo de uma só vez, essa quantidade seria, relativamente, muito grande, o que resultaria em danos para o próprio organismo. Para contornar esse problema, essa energia é liberada de forma gradativa através de processos como a glicólise, o ciclo de Krebs e a cadeia respiratória, por exemplo.

Um aspecto nutricional reconhecidamente importante relativo ao atleta é a maior necessidade energética. O dispêndio de energia de um homem ou mulher adulto sedentário é de aproximadamente 1800 a 2800 kcal/dia. A atividade física pode aumentar esse dispêndio diário de energia em 500 a mais de 1000 kcal/hora, dependendo da aptidão física, do tipo e da