Mestres da mudança
CARACTERIZAÇÃO DA AREA DE GEOGRAFIA
GEOGRAFIA NO ENSINO FUNDAMENTAL
A Geografia começou a surgir no Brasil com a fundação da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo e do Departamento de Geografia e a partir da década de 40, passou a ser lecionada por professores licenciados. Tinha a influencia da escola francesa de Vidal de La Blanche, por isso toda a sua explicação era baseada na realidade da escola francesa. Essa geografia ficou conhecida como Geografia Tradicional e marcou-se por estudar objetivamente a relação do homem com a natureza sem priorizar as relações sociais. As características da Geografia Tradicional ficaram marcadas nos livros didáticos até meados dos anos 70, onde eram encontradas descrições de paisagens onde os alunos tinham que memorizar. Com a Revolução Verde, no período pós-guerra, a Geografia Tradicional tornou-se insuficiente para a aprendizagem das mudanças ocorridas nesse período, pois o capitalismo havia se instalado fazendo com que a urbanização se acentuasse e as megalópoles começaram a ser construídas. Alem disso a industrialização e as mecanizações das atividades agrícolas fizeram com que o espaço agrário sofresse mudanças. Era necessário um estudo mais aprofundado das relações mundiais não apenas no campo social, mas também na economia, política e ideologia. Influenciada pelas teorias de Marx, na década de 60, começa a surgir uma nova tendência contraria a Geografia tradicional, que procurava estudar as relações entre a sociedade, o trabalho e a natureza na produção do espaço geográfico. Acreditava-se que não bastava apenas explicar o mundo, mas sim transformá-lo. No ensino, essa nova tendência trouxe uma nova maneira de interpretar o espaço geográfico, território e paisagem que influenciou a partir dos anos 80 novas propostas curriculares para o ensino fundamental. Embora a Geografia Marxista fosse contra as ideias da Geografia Tradicional ambas não conseguiam mostrar realmente a relação do