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O NASCIMENTO DA CIÊNCIA MODERNA
Diretamente influenciada pelo catolicismo, a mentalidade dominante no Período Medieval concebia um modelo de homem e de sociedade obediente à Igreja e voltado para as especulações do mundo espiritual.
Com o florescimento do comércio e o desenvolvimento da burguesia, formulou-se um novo modelo de homem e de sociedade que foi substituído os valores dominantes na Idade média. Assim, a mentalidade burguesa começou a propor:
- Em vez de um muno centrado em Deus (teocêntrico), um mundo centrado no homem (antropocêntrico). Trata-se do desenvolvimento do humanismo;
- Em vez da supervalorização da fé (verdades reveladas), um mundo explicado pela observação racional (verdades estabelecidas pela Razão). Trata-se do desenvolvimento do racionalismo e da ciência experimental;
- Em vez da ênfase no coletivismo fraternal da cristandade, um mundo marcado pela individualidade dos homens e pelas diferenças regionais entre as nações. Trata-se do desenvolvimento do individualismo burguês e do nacionalismo que se manifestava na formação dos Estados Modernos. De modo geral, o movimento intelectual que caracterizou a transição da mentalidade medieval para a mentalidade moderna é chamada de Renascimento (século XV e XVI). Este movimento foi inspirado na cultura Greco-romana.
No setor científico, o Renascimento assinalou o desenvolvimento de ma mentalidade racionalista, disposta a banir os mistérios do mundo. Para isso, os cientistas passaram a observar os fenômenos naturais, a fazer novas e crescentes experimentações, a examinar livremente a Natureza. Essa atitude de espírito contrapõe-se à mentalidade medieval, dominada pelo pensamento abstrato e contemplativo, submissa às inquestionáveis “verdades” da fé.
A partir do Renascimento, o cientista moderno busca não somente conhecer a realidade, mas exercer controle sobre ela. A nova mentalidade de científica é movida pelo interesse de explorar a