Mestre
Autor: Rafael Ursulino de Mello1
Coautro e Orientador: Gilberto Brandão Marcon2
Em junho de 1945, finalmente no apagar as luzes do Estado Novo, a partir da proposta de Otávio Gouveia de Bulhões, é criada a Superintendência da moeda e do crédito –
Sumoc(Decreto-Lei 7.293, de 2-2-1945) com a atividade primordial de exercer controle do mercado monetário e de planejar a organização de um futuro banco central no país.
O Brasil precisava ter uma moeda estável. E para ter uma moeda estável, precisa ter pelo menos um inicio de banco central. A Superintendência da Moeda e do Crédito foi esse o inicio de banco central foi a primeira etapa.3
Sobre a origem da idéia, e de como aplicá-la com eficácia no âmbito nacional no ambiente econômico político Bulhões rememora que:
O projeto de criação Sumoc resultou de uma tendência de controle monetário advinda de longa experiência. Resultou de conversões freqüentes entre os funcionários do Banco do Brasil, do Ministério da Fazenda e de empresários e, sobretudo, da orientação do professor Eugenio Gudin. O professor Gudin achava que na ocasião era importuno criar um banco central, mas que se podia fazer alguma coisa no caminhão da sua criação. Diante dessas ponderações todas foi que surgiu a idéia da Sumoc, tendo como objetivo principal combinar uma orientação monetária com uma orientação fiscal4
Um funcionário do Banco do Brasil da época pertencente ao grupo “sumoqueano”,5 sugere que a criação da Sumoc, exatamente nos últimos momentos da vida do Estado Novo, teve como objetivo esquivar de um Congresso que surgiria com a redemocratização do país e que poderia oferecer empecilho à sua criação. Em suas palavras,
Acompanhei o Dr. Bulhões à Sumoc. E com grande habilidade, porque ele estava ciente de que, se tentasse arrancar do congresso uma lei, não sairia. Havia sempre oposições [...]De modo que foi um gesto de extrema habilidade; não apenas
competência