A percepção do litoral brasileiro á época do descobrimento, bem, como os primeiros contatos interetnicos, de culturas totalmente desconhecidas, é o tema central do livro das autoras: Laima Mesgravis e Carla B. Pinski. O brasileiro que os europeus encontraram faz parte da coleção “Repensando a História” que procura reformular de maneira analítica temas históricos, neste caso tem como coordenador o historiador Jaime Pinski, que desenvolve trabalho sobre a escravidão, com um caráter informativo, a flora, a fauna, os seres humanos (europeus e índios), a sexualidade, ritos antropológicos são questões que o texto aborda para que se possa entender este Brasil recém descoberto. Utilizando fontes primarias deste fato histórico, as autoras fazem uma incursão sobre a natureza descrita por pessoas como o Pero Vaz de Caminha que primeiro “oficialmente’ relatou as impressões que tivera ao observar a beleza de tais terras. O clima era agradável era agradável, moderado e ate temperado em determinadas áreas. A natureza que exorbitaria era acrescida de plantas que alimentavam os nativos como a mandioca, o aipim, o milho, o feijão, batatas, carás que contribuíram para a dieta dos ‘ brasileiros”. Utilizam pimentas, amendoins, caju, abacaxi, banana. Este ultima os portugueses tentou aproximar o Novo Mundo como o Jardim do Éden, haja vista quando cortada havia no miolo um sinal parecido com uma cruz, como que “um sinal do favor divino”, justificado as ações portuguesas na colônia. Este fato repete com a flor do maracujá que segundo os cronistas lembravam a paixão do Cristo, peixes, onças, cobras e insetos como as saúvas e os bichos de pé pareciam no cotidiano destas pessoas, contribuindo e atrapalhando suas vivencias. Surgindo uma idéia de paraíso real. O sucesso da empreitada só foi possível porque os colonizadores aprenderam demais com os índios, estes eram partes indistintas da natureza e o outro (europeu) se via como senhor dela, e é por isso que o extrativismo do pau-brasil