Mercantilismo

DAVENANT, Charles – Mercantilismo

O Mercantilismo foi o modelo econômico na Idade Moderna e se caracteriza pelo conjunto de medidas econômicas tomadas pelo Estado, até então absolutista, em sua intervenção na economia, com o objetivo de se fortalecer e enriquecer a burguesia. Havia-se a teoria da balança comercial favorável, que seria basicamente, exportar mais e importar menos. Defendia o protecionismo alfandegário, que se compreende no aumento das taxas alfandegárias sobre os produtos importados. E também foi a fase do Metalismo, outra forte característica, que era a busca por metais preciosos, na concepção de que a riqueza de um país era proveniente da quantidade de acúmulo de metais. Charles Davenant (1656-714), Inglês, ocupou vários cargos no governo e é considerado um mercantilista esclarecido. Davenant destacava a importância do uso de matérias-primas domésticas para ampliar o lucro do comércio exterior. Com seu pensamento liberal, argumentava as vantagens do comércio externo, com ortodoxia na noção de riqueza, porém considerando a produção como formadora de riqueza. No entanto, afirmava que a riqueza de um país se media pela produção e não pelo acúmulo de metais preciosos. Havia uma política demográfica favorável, entendendo-se que uma população numerosa significaria mais produção e acreditava que uma grande população, com pleno emprego e salários bons, garantiriam o aumento da riqueza da nação e que o excesso de ouro ou prata poderia ser prejudicial á mesma. Davenant argumentava que os mercadores não estavam interessados no enriquecimento do reino, e assim, defendia a regulamentação sobre os negócios. Portanto, se houvesse um saldo comercial positivo então a quantidade de dinheiro ampliaria, reduziriam as taxas de juros e aumentaria o valor das terras e impostos.