Mercantilismo

1772 palavras 8 páginas
O mercantilismo
Chama-se mercantilismo ao conjunto de ideias e práticas económicas que floresceram, na Europa, entre 1450 e 1750. Uma tríplice transformação, de ordem intelectual, política e geográfica, assinala, na aurora desse período, o início dos tempos modernos.
É a época do Renascimento. O pensamento laiciza-se. Esta evolução, que se inicia no século XIV, na Itália, com Petrarca, que Renan denominou, com justeza, o primeiro homem moderno, prossegue com Erasmo, o grande humanista desde o fim do século XV, e a partir dos primórdios do século XVI espalha-se pelo mundo, com Rabelais. À curiosidade intelectual se junta uma vontade de criar em todos os domínios.
A este espírito da Renascença convém associar o trazido pelo movimento da “Reforma”. Não a de Lutero, que permanece medieval e estática, mas a de João Calvino, dos calvinistas, e dos puritanos anglo-saxões, que exalta o individualismo e a actividade económica. O dogma calvinista da predestinação concilia-se com o êxito material do indivíduo, estimulando a sua actividade económica, condenando a sua ociosidade, apelando para a sua consciência profissional, justificando os seus sucessos nos negócios e, portanto, a busca do lucro. Estas características do espírito da Reforma levam a aproximá-la do espírito “capitalista”.
No século XVI assiste-se ao surgimento do Estado Moderno. A centralização monárquica vai tomando o lugar dos pequenos núcleos feudais. A Idade Média teve, sem dúvida, o seu sistema de Estado. Mas, pelo facto de não passarem de aglomerações feudais, não possuíam uma verdadeira política nacional. Foi a suplantação desta forma de Estado que fez surgir a ideia de economia nacional no sentido moderno da expressão, ou seja, a concepção de Estado que coordena todas as diferentes forças activas da nação. O comércio, principalmente, transforma-se em negócio público. A noção de “balança comercial” suplanta a de “balança de contratos”.
O fim do século XV marca o início da era das grandes descobertas

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