mercado
Com a desaceleração tanto de obras públicas quanto do mercado imobiliário, os fabricantes têm registrado baixos índices de vendas, o que deve comprometer os resultados do setor neste ano.
O mercado de máquinas para construção tem sentido a retração da atividade no Brasil. Mas o segmento de guindastes está conseguindo manter os níveis de crescimento e os fabricantes comemoram, apesar do cenário adverso.
(Juliana Estigarríbia)
Demanda aquecida aumenta a competição
Fabricantes nacionais e importadores de guindastes sobre rodas acirram a disputa por um mercado que pode consumir mil equipamentos em 2011
A decisão do governo de aumentar a taxa de importação para guindastes sobre caminhão com capacidade de içamento acima de 60 t de carga acirrou a disputa nesse segmento do mercado brasileiro. Apesar de ainda ser em caráter temporário, a resolução tomada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), órgão ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que estabelece uma alíquota de 35% para a importação desse tipo de equipamento – antes, eles eram isentos dessa tarifa – aqueceu a disputa entre fabricantes nacionais e importadores.
Os primeiros, com o apoio da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), defendem a decisão ao apontar que esse tipo de equipamento possui similar nacional, o que justifica a proteção da indústria local com tarifa de importação. Alguns importadores, por sua vez, contestam a tese da similaridade nacional, alegando que os fabricantes de caminhões do País sequer estão aptos a oferecer veículos capazes de suportar içamentos de carga acima de 70 t.
No cerne da disputa está um mercado cuja demanda é estimada em cerca de 850 unidades por ano. Segundo os especialistas entrevistados pela revista M&T, esse foi o consumo brasileiro em 2010 no segmento de guindastes telescópicos sobre rodas, na faixa de 30 a 100 t de capacidade de carga,