mercado plus
As revistas foram as primeiras grandes divulgadoras mundiais de moda, a seguir a TV e, por fim, a Internet. Hoje, o fenômeno da globalização garante a toda sociedade um rápido acesso a tudo o que acontece no mundo da moda nos quatro cantos do mundo graças a velocidade da informação. A revolução digital auxiliou este desenvolvimento, porém também auxiliou na produção de pessoas cuja beleza, retocada por programas de manipulação de imagem é inatingível. As capas de revista, o cinema e a TV exibem mulheres de corpo escultural e pele perfeita. Foi por meio das revistas de moda que o padrão magro de beleza começou a ser veiculado e continua até hoje. A campanha da marca Ralph Lauren repercutiu no mundo em 2009, com a triste realidade da ditadura da beleza. A modelo Fillippa Hamilton de apenas 23 anos viu sua imagem percorrer o mundo devido ao excesso de retoques que distorceu sua imagem. A modelo, na ocasião, declarou que seu contrato com a marca foi encerrado porque ela estava "muito gorda". A empresa, por sua vez, se desculpou e retirou a publicidade, que era exibida apenas no Japão. Cury comenta que o atual sistema não tem por objetivo produzir pessoas resolvidas, saudáveis e felizes; a ele interessam as insatisfeitas consigo mesmas, pois quanto mais ansiosas, mais consumistas se tornam. O século XXI, em que os valores, a moda, as informações mudam em uma velocidade nunca vista, ainda carrega fantasmas do século passado e, o que é pior, os alimenta e os torna cada vez mais assustadores, exigindo, hoje, a intervenção de profissionais que desmistifiquem os padrões de beleza e de um movimento de diferentes setores da sociedade comprometidos em promover o bem-estar de forma responsável.