Mercado de trabalho
A evolução do emprego pode ser melhor compreendida recorrendo-se aos dados da Pesquisa Mensal de Emprego – PME/IBGE, visto que sua metodologia obedece a critérios internacionalmente aceitos. A taxa de desemprego medida pela PME/IBGE atingiu 7,6% em 1999, caiu para 7,1% em 2000 e reduziu-se novamente para 6,2% em 2001, atingindo então seu ponto mais baixo nos últimos quatro anos.
Uma primeira análise dessa trajetória poderia sugerir que 2001 foi o ano em que o mercado de trabalho brasileiro teve seu melhor desempenho. No entanto, em 2000, foram criados, em termos líquidos, cerca de 700 mil postos de trabalho, enquanto que, em 2001, esse resultado atingiu aproximadamente 106 mil. Observa-se, assim, que o desempenho do mercado de trabalho não pode ser avaliado exclusivamente pela trajetória da taxa de desemprego. Igualmente importante é medir a capacidade da economia de gerar saldos positivos de postos de trabalho. Para corroborar essa situação, entre janeiro e junho de 2002, a PME/IBGE registra um aumento da ordem de cerca de 192 mil postos de trabalho, considerando-se apenas as 6 regiões metropolitanas pesquisadas (Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo). No entanto, como a taxa de desemprego resulta do cruzamento entre o número de postos gerados e a quantidade de pessoas procurando emprego, houve um pequeno crescimento do desemprego no primeiro semestre de 2002, atingindo, na média, 7,2%. Essa aparente contradição se explica pelo fato de que mais pessoas tem-se sentido incentivadas a procurar