Construção do coletivo na sala de aula
CONSTRUÇÃO DO
COLETIVO DE SALA
DE AULA
Carlos Alberto dos Santos
“Convivência trata-se de uma vivência vivida sempre com os outros (con) e jamais sem os outros. Envolve todo o ser humano em todas as suas dimensões. Vivência deriva de conviver e de coexistir. Conviver e coexistir são modos de ser globalizantes e inclusivos. É conseqüência da vida em sua plena complexidade, partilhada junto com os outros, de seu sentido de ser. Nessa convivência se dá o aprendizado real como construção coletiva do saber e da visão de mundo, dos valores que orientam a vida e das utopias que mantém aberto o futuro. O conceito de convivência significa que o resultado final de processos de aproximação e de conhecimento do outro e do diferente”. (Leonardo Boff)
A construção do relacionamento humano é fundamental para o processo educativo.
Uma classe unida onde há calor humano, respeito, aceitação, é motivo de “dar gosto de vir para a escola”, ajudando, inclusive, cada um a lidar com seus
“defeitos”, com seus limites, pois a construção da pessoa tem por base a construção do coletivo.
Ao abrir espaço para a humanização, para a interação, para superação da mera
“justaposição” dos alunos repercutirá na disciplina, diminuindo a necessidade de
“aparecer”,
a rivalidade entre
“panelinhas”, aumenta o respeito, faz circular a afetividade, etc.
O papel do professor que simplesmente entra em sala e despeja conteúdo para os estudantes perde cada vez mais espaço, com as transformações do processo educacional. Hoje, o docente deve também ser um gestor de aulas; deve gerir e administrar o processo de aprendizagem partilhando progressivamente esta responsabilidade com o coletivo da classe, dando ao aluno espaço para colocar pessoalmente sua visão, seu conhecimento, sua perspectiva, seus sentimentos, quando há possibilidade de palpitar sobre como pode ser ser a aula, os conteúdos, a forma de avaliação, etc., esse passa a
sentir