Mercado de trabalho
Pós-graduação
Disciplina de Métodos e Técnicas de Pesquisa
PROJETO DE PESQUISA
Mercado de Trabalho
Novembro de 2011
INTRODUÇÃO
As condições sociais dos portadores de deficiência, ou de "necessidades especiais", como manda o "politicamente correto", têm, felizmente, apresentado avanços nas últimas décadas. Se antes aquele que tinha alguma limitação física convivia com o estigma de incapaz, vendo-se e sendo visto como um estorvo social, hoje observamos a presença eficiente de portadores de deficiência em várias áreas, seja como profissionais liberais, servidores públicos ou trabalhadores dos setores de produção. Além disso, a participação brilhante de atletas paraolímpicos brasileiros em eventos internacionais chama a atenção da sociedade para as potencialidades do deficiente em geral. Entretanto, muito ainda há a se avançar, em termos de igualdade de oportunidades para os deficientes. Algumas ações públicas e mesmo de instituições criadas para defender os interesses dessa minoria pendem muito mais para um paternalismo alienante que para um real contributo para o desenvolvimento integral daquele que tem necessidades especiais. Nessa linha, podemos citar a aposentadoria paga pelo Governo Federal a portadores de deficiência. É evidente que um deficiente não tem a mesma possibilidade laborativa de um dito "normal"; todavia, os recursos públicos seriam mais bem empregados se fossem utilizados na capacitação maciça de professores para lidar com os chamados "alunos especiais", na promoção de cursos profissionalizantes e na contratação de profissionais de saúde, incluindo psicólogos, para um trabalho, junto ao deficiente e sua família, de reabilitação e desenvolvimento das potencialidades daquele. Ocorre que não só governos, mas os mais variados setores da sociedade quase sempre buscam fazer o que é mais fácil, ao invés de realizarem o correto. O deficiente não precisa apenas sobreviver,