Mercado de pellets
Introdução
A atual matriz energética baseia-se fundamentalmente na utilização de combustíveis fósseis. Isso ocorre pela tradição de uso, pelos custos relativamente baixos, pela enorme infraestrutura das cadeias de suprimentos existentes, e pela relativa pouca preocupação – até recentemente – com os impactos ambientais associados. Mas, principalmente, por questões estratégicas, ambientais e econômicas, em alguns setores econômicos os fósseis vêm sendo substituídos por outras fontes de energia.
A biomassa é uma fonte de energia, em princípio renovável, baseada em matéria orgânica de origem animal ou vegetal. Dentre os tipos de biomassa, se conhece como biomassa florestal qualquer vegetal procedente de terrenos florestais aptos para produzir energia. Esse tipo de biomassa vem se fortalecendo em algumas aplicações, pois possui potencial para suprir as necessidades atuais de energia, a preços competitivos e com impactos ambientais reduzidos.
Um dos principais aproveitamentos dessa biomassa vegetal é a fabricação de pellets, que podem ser utilizados como combustível em caldeiras e aquecedores, tanto para calefação de ambientes como para aquecer água, além do possível uso na geração de energia elétrica.
Podem ser consideradas duas opções para grandes produções de pellets: aproveitando resíduos agrícolas e mediante plantações para uso energético. O objetivo deste trabalho é o estudo de viabilidade da produção de pellets a partir de plantações energéticas, devido às grandes possibilidades que oferece o Brasil, que tem cerca de 200 milhões de hectares de áreas de pastagem, com baixa densidade de animais. Além da disponibilidade de terra, há que se considerar o conhecimento existente em reflorestamento de ciclo rápido, e as condições climáticas bastante favoráveis.
A produtividade e os consumos baixos de água e nutrientes, assim como os ciclos curtos e a fixação de CO2, fazem do eucalipto a melhor espécie (no Brasil) para cultivar