Mercado de capitais
A História das Corretoras no Brasil
Segundo dados da Associação Brasileira de Corretoras, ao longo da História do Brasil, o corretor sempre foi um dos protagonistas do mercado financeiro. Muito antes do surgimento das corretoras de câmbio, eram pessoas físicas – altamente cultas e graduadas – cujo trabalho era reconhecido pelo governo e pelas empresas.
Primeiro surgiram os “comissários”, que fechavam negócios aqui no Brasil para negociantes europeus. Esses “comissários” eram chamados de corretores no sentido lato da palavra, ou seja, eram “o meio físico da comunicação, o veículo da informação, o intermediário entre vendedores e compradores”. Porém, durante o Brasil Colônia, o trabalho dos corretores não era visto com bons olhos pelo governo, devido ao risco que representavam ao monopólio de Portugal sobre o Brasil. Sua atuação chegou a ser proibida pela Coroa Portuguesa durante alguns anos, pois o governo pretendia garantir lucros exclusivos para as grandes companhias de comércio portuguesas.
Em 1845 foi redigido o primeiro estatuto do corretor brasileiro, que definia quais eram os quesitos necessários para o exercício do ofício. Isso permitiu que se formasse uma junta dos corretores, formada por cinco membros, dos quais três eram corretores de fundos públicos, um de navios e outro de mercadorias. Cabia à categoria dos “Corretores de Fundos Públicos” a compra, a venda e a transferência de quaisquer fundos, nacionais ou estrangeiros, negociações de letras de câmbio e de empréstimos comerciais, compra e venda de metais preciosos etc. A compra e venda de navios, a cotação de seus preços e fretamentos, o agenciamento de seguros das embarcações e de seus carregamentos cabiam aos “Corretores de Navios”.
Por fim, os “Corretores de Mercadorias” eram responsáveis pela compra e venda de qualquer tipo de mercadoria e pela cotação de seus preços.
Em 1868, o Rio de Janeiro possuía 25 Corretores de Fundos Públicos