Mercado de beleza agora mira nos homens
De olho na vaidade masculina, o mercado de beleza está investindo em estratégias diferenciadas para atingir esse público, que cada vez mais gasta tempo e dinheiro para cuidar da aparência. Barbeiros que servem cerveja e doses de whisky à vontade, além de deixar video games e outros jogos à disposição dos clientes, são as apostas dos empresários do setor, que criam espaços bem diferentes de um salão feminino.
Ambiente discreto ou personalizado, cores neutras, luz suave e atendimento rápido são requisitos obrigatórios, dizem especialistas. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os homens brasileiros gastam mais de R$ 80 milhões por ano com estética.
Segundo o professor de promoção e de merchandising da Escola Superior de Propaganda e Marketing do Rio de Janeiro (ESPM-RJ), Eduardo França, quem pretende investir na área deve tomar algumas precauções. “Compreender o comportamento de compra e consumo dos homens é um ponto fundamental. Não é uma questão de apenas adaptar o que antes era feito para mulheres. Assim não funciona”, avalia o especialista. “Outro ponto importante, principalmente no Brasil, é não colocar em cheque a masculinidade do homem”, completa.
Para França, algumas estratégias são fundamentais para o empresário começar a investir nesse nicho de negócio. Segundo ele, a primeira é observar as demandas dos clientes. A partir disso, o empresário passa a ter uma visão melhor do comportamento de compra do público-alvo. “Com isso, fica muito mais simples ter elementos que falem a linguagem deles”, indica o professor da ESPM-RJ. Ele dá como exemplo a forma como empresas de shampoo atraem mulheres, prometendo reparação de pontas duplas, anti-ressecamento e fórmulas com vitaminas. “Isso não tem a menor relevância para homens. Então, é fundamental pensar todo o negócio a partir da ótica masculina.”
Outro ponto fundamental, segundo França, é explorar merchandising a partir de uma visão masculina,