Mentas perigosas
Isto porque o livro é escrito, sobretudo, para o público leigo, e distinguir tais termos em nada acrescentaria, pelo contrário, talvez somente confundisse o leitor. Ademais, independentemente do nome atribuído, todo eles estão a definir um mesmo perfil transgressor.
E que perfil é este? Creio que a citação inicial desta resenha é o suficiente para caracterizar a personalidade e a conduta destes indivíduos, que são desprovidos de emoções. Isto mesmo! Palavras como amor, empatia, compaixão, remorso, arrependimento e culpa simplesmente não constam no vocabulário dos psicopatas. Aliás, até constam, porém, eles não sabem qual é o seu significado.
As estimativas revelam que cerca de 4% da população é portadora de tal transtorno em distintos níveis, a citar, leve, moderado e severo. A estes últimos devemos atribuir os crimes brutais e com requintes de crueldade.
Com muita propriedade, a autora nos conduz pela mente malévola deste seres assustadores, o que torna a leitura densa, intrigante e, por vezes, perturbadora. Não posso deixar de registrar que, no tocante a alguns comentários relativos à área do Direito, houve leves deslizes de ordem técnica, o que é completamente compreensível tendo em vista que ela é médica psiquiátrica.
O conteúdo instigante somado a escrita hábil da autora faz com que a leitura flua com rapidez. Se você deseja conhecer mais sobre o assunto, eis uma ótima forma de ser introduzido nele. Se você é aficionado em séries como Criminal Minds e Dexter, outro bom motivo para ler o livro.
O diferencial do livro é o “Manual de Sobrevivência”, penúltimo capítulo do livro, onde a Dra. Ana Beatriz destaca medidas com as quais podemos nos proteger dos ataques de possíveis psicopatas. Não se esqueça