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Instituto Catarinense de Pós-Graduação – www.icpg.com.br
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homens como uma esfera distinta da natureza; não é apenas a relação dos homens entre si no contexto da reprodução social; o seu desenvolvimento exige o desenvolvimento concomitante das relações sociais. O modo antigo de produção baseia-se no trabalho do escravo; o feudal, no trabalho dos servos da gleba; o capitalista, no trabalho do empregado assalariado.
2.2. Ocupação Na Antigüidade, as pessoas livres eram ocupadas. Para os gregos, havia as ocupações de caráter inferior e as de caráter superior. As atividades superiores estavam vinculadas à participação do homem na pólis. As ocupações eram entendidas como atividades que visavam à satisfação pessoal e eram desenvolvidas por escolha própria O aparecimento da economia monetária acentua a distinção entre ocupação como meio de ganhar a vida e ocupação como meio de manter o status quo. Cada sociedade, na sua dinâmica estrutural e conjuntural, cria e recria a ocupação humana. A estrutura das ocupações nas sociedades modernas é resultante do avanço e da aplicação da ciência ao processo de produção; é conseqüência, portanto, do desenvolvimento da tecnologia, da divisão e organização do trabalho, da expansão dos mercados e do crescimento de pólos comerciais ou industriais. Por isso, diferencia-se o fluxo das ocupações nas sociedades tradicionais e modernas, cujo ritmo de aparecimento, maturação e obsolescência das mudanças é extremamente rápido nestas e mais estabilizado naquelas. O principal uso do termo ocupação, em Ciências Sociais, segue o sentido comum, que é o de emprego, negócio ou profissão. "A ocupação de uma pessoa é a espécie de trabalho feito por ela, independente da indústria em que esse trabalho é realizado e do status que o emprego confere ao indivíduo" (Dicionário de Ciências Sociais: 1986, p.829). Trabalho não é ocupação, todas as classes sociais detêm