Menopausa
O calor inesperado que toma conta do corpo da mulher é um alerta à nova fase que bate à porta: a menopausa. Carregada de mudanças, ela interrompe a produção do estrogênio e da progesterona, dois importantes hormônios sexuais femininos. Nada acostumado a conviver sem eles, o organismo reage com fogachos, secura vaginal, perda da libido, suores noturnos e até depressão, por exemplo. Sensações que a mulher entre 48 e 52 anos pode ter. “Abaixo dos 45 anos, a menopausa é considerada precoce”, afirma Rodolfo Strufaldi, professor-assistente de Ginecologia da Faculdade de Medicina do ABC, em São Paulo, e membro da Sociedade Brasileira do Climatério (Sobrac).
Antes de entrarmos em detalhes sobre a menopausa precoce, primeiro é importante explicar a diferença entre climatério e menopausa. O primeiro é o momento de redução do período reprodutivo da mulher. Uma espécie de recado antes da chegada da menopausa – o encerramento da ovulação e menstruação. A menopausa representa apenas a última menstruação, ou seja, é um evento que acontece durante o climatério.
Não existe uma causa natural específica que leve à menopausa precoce, por isso, acredita-se que seja de origem genética. Ela pode se repetir em caso de histórico familiar. “De maneira induzida, no entanto, a quimioterapia pode interferir nesse processo”, diz Strufaldi. A droga utilizada no tratamento é potente a ponto de reduzir o funcionamento regular dos ovários, prejudicando a produção dos hormônios sexuais femininos. Sem eles, não há ovulação ou menstruação, e o resultado é a menopausa antes do tempo. Doenças autoimunes, como hipotireodismo, artrite reumatoide e diabetes, embora ligadas a hormônios, não são responsáveis pelo desenvolvimento da menopausa precoce.
Outro componente representativo nesse processo é o hormônio folículo-estimulante (FSH, na sigla em inglês), que estimula a produção hormonal nos ovários. Algumas mulheres nascem com um número reduzido de folículos. Sendo