Memorias póstumas de Brás Cubras
O filme “Memorias Póstumas de Brás Cubas” trata de temas que são pertinentes a todos os humanos. O filme é interessante pois começa pela maior limitação que os humanos têm, a morte, e faz com que ela seja o modo de ver o resto da vida. Então, começa com Brás falando da sua própria morte, e como chegou até lá, mas também fala de como a morte de outras pessoas marcou a sua vida. Com essa perspectiva, o filme consegue que Brás se sinta um tipo de deus voyeurístico, e que se possa entender nossa vida de uma maneira distinta.
A historia dele é típica, mas é apresentada de uma forma atípica. Brás nasceu no Rio, e era uma criança muito ativa, que contava piadas para as pessoas. Ficou apaixonado por uma mulher, e deu-lhe jóias caras até que seu pai o mandou estudar na Europa. Ali conheceu muitas mulheres, apaixonou-se, e só decidiu voltar quando sua mãe estava perto da morte. Ao voltar, seu pai tentou que ele seguisse os planos tinha para Brás: ser um deputado e casar-se. Nenhum desses planos foram cumpridos. Brás se apaixonou por uma mulher que se casou com um deputado, e eles tiveram um caso amoroso mas nunca conseguiram estar juntos. No desespero da sua solidão, Brás se casou com uma mulher que faleceu sem lhe dar filhos.
O interessante não é a história por si só; o interessante é a perspectiva que o narrador toma. Porque ele começa pelo final, não existem momentos de clímax como nas histórias comuns. Sempre se sabe o que vai acontecer, então o narrador tenta explicar a causa do que acontece de uma forma que faça o acontecimento atraente. Por exemplo, ele pega pneumonia porque abre a janela porque a ideia de conseguir o remédio para a melancolia tornou-se tão fixa que necessitava ar. E por que foi que ele estava tentando solucionar a melancolia tão dedicadamente? Porque ele tinha sofrido toda sua vida pelos desencontros do que ele queria e o que acontecia! Más a única forma de saber isso é por meio da narração em primeira pessoa