Sobre o livro "memórias póstumas de brás cubas"
Brás Cubas, já falecido, conta do outro mundo as suas memórias: “Expirei em 1869, na minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, era solteiro, possuía trezentos contos e fui acompanhado ao cemitério por onze amigos”. Brás Cubas passou uma infância de menino traquinas, mimado demasiadamente pelo pai. Aos dezessete anos apaixona-se por Marcela, dama espanhola, com quem teve as primeiras experiências amorosas. Para agradar Marcela, Brás começa a gastar demais, assumindo compromissos graves e endividando-se. Ela gostava de joias e ele procurava fazer-lhe todos os gostos. “Marcela amou-me, diz Brás Cubas, durante quinze meses e onze contos de réis”. Quando o pai tomou conhecimento dos esbanjamentos do filho, mandou-o para a Europa: “vais cursar uma Universidade”, justificou. Em Coimbra, Brás segue o curso jurídico e bacharela-se. Depois, atendendo a um chamado do pai, volta ao Rio: a mãe estava moribunda. E, de fato, apenas chega ao Brasil, a mãe falece. O seu pai tem duas ambições para o filho: quer casá-lo e fazê-lo deputado. Tudo faz para encaminhá-lo no rumo do casamento e procurar aumentar o círculo de amigos influentes na política, a fim de preparar o caminho para o futuro deputado. Assim é que Brás Cubas é apresentado ao Conselheiro Dutra, que promete ajudar ao jovem bacharel na pretendida ascensão política. Brás nesta altura vem a conhecer Virgília, filha do Conselheiro Dutra, pela qual se apaixona. Parecia, com isso, que os sonhos do pai sobre Brás estavam prestes a realizar-se: bem encaminhado na política e quase noivo. Entretanto aconteceu um imprevisto: surge Lobo Neves que não somente lhe rouba a namorada, mas também cai nas boas graças de Conselheiro Dutra. Perdendo seu pai poucos meses depois, em um desastre. Virgília se casa com Lobo neves, porém por interesse, mas, na verdade, ama realmente a Brás Cubas. Virgília e Brás tornam-se amantes depois de começarem a se encontrar com frequência. Narra