memorias postumas de bras cubas
Retomando o pensamento: a vida do Dr. Brás Cubas é uma vida mimada, de um cara acostumado a dramas existenciais nem um pouco profundos e de um pai que fazia todas as suas vontades. Não se enganem, não há fantasma algum. Só há um fanfarrão acostumado com leite de pêra, ovomaltine e pão com mortadela. Antes de começar esse texto, li algo sobre ele começar de maneira inovadora quando resolve descrever sua morte. Até certo ponto acho relevante, mais pela criatividade do autor que qualquer outra coisa. Eu já vejo isso como aquele exagero do: “Quando eu morrer eu quero todo mundo feliz”, “não quero saber de choro nem vela”. No caso do protagonista, como morreu só, sem ninguém para prezar pelo seu corpo, visto que tinha inimizade até com a irmã, ele dedica - ao que sobra aos vermes - suas memórias.
(No meu caso, eu não quero saber desse papo não, eu quero ver todo mundo sofrendo mesmo. Podem chorar com vontade, mandei o papo.)
Quando criança, odiava ser contrariado, era muito mimado e tornava a vida dos escravos um inferno. A única que tinha autoridade era