Memorial
Memórias enquanto, dissertações acerca de assuntos diversos, são narrações escritas que conta sobre sua vida. A escrita de memórias (Aguiar, 1998: 25)
pressupõe sempre dois tempos: o presente em que se narra e o passado em que ocorrem os eventos narrados... A busca do passado, porém, nunca o reencontra de modo inteiriço, porque todo ato de recordar transfigura as coisas vividas. Na épica, como na memória, o passado se reconstrói de maneira alinear com idas e voltas repentinas, com superposição de planos temporais, com digressões e análise. Naturalmente o que retorna não é o passado propriamente dito, mas suas imagens gravadas na memória e ativadas por ela num determinado presente.
Tentarei, aqui através dessas poucas linhas ativar minhas memorias, relembrar e transcrever minha trajetória estudantil ocorrida toda ela em escola pública. Lembro-me que a professora do jardim de infância, que inclusive tenho ótimas lembranças, a qual transmitia muito carinho, contava historias lúdicas e, com isso fazia minha imaginação entrar em ação. Hoje percebo que era uma forma de conseguir com que os pequeninos se acalmassem e, alguns coleguinhas até dormiam. Bom, um belo dia a turma do jardim de infância em que fazia parte, recebe uma noticia triste: a professora estava com problemas nas cordas vocais, então, deixaria a turma para realizar os devidos tratamentos de saúde. Aquela sala virou um “velório”, a professora tão querida, nos deixaria. Penso que gostaria muito de ser vista assim pelos meus futuros aluninhos. Ali, naquele espaço, a professora nos ensinava praticas de boas maneiras, de como proceder educadamente ante uma autoridade no espaço escolar, o preenchimento da ficha, que constava: o nome do aluno, data do mês, dia da semana, dentre outros. Outro momento muito agradável era, quando utilizávamos a massinha de modelar, que cheirinho gostoso, podíamos então, colocar a imaginação em prática. Bom, este período tão prazeroso no