Memorial Minhas recordações têm início pouco antes de começar a frequentar a pré-escola. Em casa eu vivia cercado por livros e revistas, os livros eram os mais variados: tinham os didáticos (da minha irmã que já frequentava a escola), os literários (era uma coleção de conto de fadas que eu compartilhava com minha irmã) e alguns livros teóricos (nesta fase minha mãe estava cursando a faculdade), e as revistas eram antigas e sempre as mesmas, pois minha mãe não comprava com tanta frequência. Desde cedo eu estava cercado pela escrita, adorava ficar olhando as revistas e os livros de conto de fadas imaginando o que estaria escrito ali, gostava também de ficar olhando os livros teóricos da minha mãe, pois eram livros geográficos que continham bastante mapas coloridos, estes eu gostava mais de ficar olhando. O meu primeiro contato com a escrita em si, aconteceu antes da escola, quando minha mãe comprou um caderninho para eu ficar rabiscando e meu avô, que morava com a gente, escreveu em cada página uma letra do alfabeto e pediu para que eu copiasse até preencher toda a página. Depois das letras vieram os números de 1 a 10. Logo após, iniciei minha vida escolar no ano de 1998 com seis anos de idade na EMEI “Maria Simão”, no município de Fernandópolis, interior de São Paulo. Comecei, então, a frequentar a pré-escola, já sabendo todas as letras do alfabeto, escrever meu primeiro nome e os números de 1 a 10. Recordo-me que a sala da pré-escola era toda colorida e que nas paredes haviam cartazes, os mais variados, com os aniversariantes do mês, as regras de boa convivência, as palavras mágicas (por favor, com licença, obrigado, entre outras), as letras do alfabeto etc. Também tínhamos uma pasta amarela, onde ficava guardado as atividades que fazíamos durante as aulas. Foi nesse ano que comecei a ler minhas primeiras palavras e tive um contato maior com a leitura de livros; na sala havia uma caixa onde guardávamos os tapetes, que