memorial do convento
No seguimento das apresentações feitas anteriormente, vou falar sobre o último capítulo da obra memorial do convento da autoria de José saramago retratando o reencontro de sete luas e sete sois.
O capitulo XXV inicia-se com a procura de Baltasar por parte de Blimunda, que durante 9 anos perambulou pelos caminhos de pó e lama, de branda areia, pedra dura e neve, recusando-se a aceitar a possibilidade de estar morto, dispunha-se a procura-lo por onde quer que fosse.
Muitos julgavam-na doida, no entanto apos ouvir as suas sensatas palavras e ações, ficavam indecisos se aquilo que dizia era ou não falta de juízo completo. Durante a sua jornada passou a ser chamada de “a voadora”, e sentava-se as portas ouvindo as mulheres a queixar-se pelo facto dos seus maridos não terem desaparecido para que elas pudessem ao menos devotar-lhes um amor tao grande como o de Blimunda a Baltasar.
Pouco faltou para que a tomassem com santa, identificou-se com a terra onde permaneceu por um longo tempo para ajudar os que dela socorriam, o seu nome era Olhos de Agua. Entretanto, Blimunda passa por Mafra onde toma conhecimento da morte de Álvaro Diogo através de Inês Antónia. Milhares de léguas andou Blimunda, quase sempre descalça, ”Portugal inteiro esteve debaixo desses passos” no entanto desistir não era uma opção.
Voltava aos lugares por onde passara sempre indagando. Só por lisboa já tinha passado seis vezes sendo esta a sétima vez. Aqui termina a sua jornada, numa situação semelhante aquela em que conhecera Baltasar em 1711. Em 1739,em jejum, Blimunda chega a lisboa, repetindo o itinerário de há 28 anos em direção ao rossio, chega-lhe um cheiro a carne queimada, avista uma multidão em S. Domingos e um fumo negro, viu que num auto de fé, onze supliciados (condenados) encontravam-se na fogueira, entre eles o dramaturgo António José da silva, autor de comédias bonifrates acusado de heresia e um pai e uma filha, por culpas de judaísmo. Entre esses onze condenados, também se