memoria e cerebro

Memória e Cérebro

A estrutura neuroanatômica e a função mental correspondente possibilitou o avanço na compreensão tanto nos pacientes que sofreram lesão cerebral como também nos indivíduos considerados normais. Entretanto, essa relação não se processa de maneira simples. O campo da neuroanatomia caracterizava-se por exames posmortem. Para que pudesse ser estabelecida a relação entre o dano cerebral e a respectiva perturbação da função, predominava a teoria da localização, que procurava relacionar a localização de regiões especificas do cérebro com a correspondente perturbação da função cognitiva. O neurologista francês Pierre Paul Broca, um dos pioneiros no estudo dos distúrbios da linguagem, descreveu o caso de um paciente que era capaz de entender o que se dizia a ele, mas incapaz de falar. Esse paciente não apresentava qualquer problema motor convencional. Ele era capaz de enunciar palavras isoladas e de cantar uma melodia sem dificuldade, mas não conseguia falar gramaticalmente ou em frases completas, nem conseguia expressar seus pensamentos por escrito. O exame do cérebro desse paciente, após sua morte, revelou umas lesão na região posterior do lobo frontal (hoje é chamada de área de Broca). O neurologista alemão Carl Wernicke, também um dos pioneiros no estudo dos distúrbios da linguagem, descreveu um novo tipo de afasia, relacionado ao distúrbio da compreensão, e não da execução. Seu paciente podia falar, mas não compreendia a fala, nem mesmo o que dizia. Wernicke verificou que esse novo tipo de afasia era produzido por lesões na parte posterior do lobo frontal, na região de confluência com os lobos parietal e occipital. Esses dois pioneiros (Broca e Wernicke) referendaram a teoria da localização. Sigmund Freud (neurologista) já estava abandonando a teoria da localização quando menciona em seu livro “A Interpretação das Afasias - Um estudo Crítico” que um passo muito importante para toda a interpretação da afasia,é repetirmos para nossa segurança