Memoria descritiva do projecto de vias
TEMA III: Curvas de transição.
Titulo: Elementos e funções fundamentais da curva de transição. Cálculo da longitude da curva de transição
1. INTRODUÇÃO.
Denominam-se curvas de transição àquelas curvas que se colocam nos extremos das curvas circulares simples, de forma tal que a mudança de curvatura entre o troço recto e o arco circular seja suave e gradual e que a sobreelevação em todos seus pontos este conforme com o grau de curvatura.
A necessidade da curva de transição compreende-se quando analisamos o movimento de um veículo entre um troço recto e um circular. Quando um veículo que circula por um troço recto de estrada chega a um circular, deve colocar suas rodas delanteras com um novo ângulo, que depende da rádio da curva circular pela qual vai transitar. Compreende-se que este movimento não pode ser realizado instantaneamente, senão que se precisa um intervalo de tempo para poder o realizar; criando assim a necessidade de uma curva de transição cuja longitude tanto faz à velocidade do veículo pelo tempo.
Entre as curvas de transição mais usualmente empregadas podem citar-se:
Clotoide; Na qual se cumpre que a rádio de curvatura é inversamente proporcional a sua longitude.
Lemniscata de Bernoulli; Na qual se cumpre que o grau de curvatura é directamente proporcional à rádio vector.
Espiral cubica; É uma curva dada pelas mesmas expressões da clotoide, mas desprezando na equação de "e" alguns termos.
De todas elas, a mais difundida é a clotoide, já que sua forma se adapta à trajectória seguida por um veículo que viaja a velocidade constante e cujo volante é accionado de forma uniforme.
As vantagens da clotoide sobre a curva circular simples podem resumir-se no seguinte:
Produzem uma fácil e natural trajectória para os veículos, de forma tal que a força centrífuga aumenta e diminui gradualmente quando um veículo entra ou sai de dita curva. Este facto tende a garantir uma velocidade uniforme; bem como