Memoria Corporal
Boletim Informativo Unimotrisaúde em Sociogerontologia
4 - Resenha de Livro
ARCURI, Irene Gaeta. Memória Corporal: o simbolismo do corpo na trajetória da vida. 1ª ed. São Paulo : Vetor, 2004.
Glenda Lima Gonçalves
Rita Maria dos Santos Puga Barbosa
Universidade Federal do Amazonas ritapuga@ufam.com.br Irene Gaeta Arcuri, é doutora em Psicologia Clínica na PUC-SP, estudou
Filosofia Oriental, especializando-se na Índia. Atua como psicóloga clínica, docente de
Pós-Graduação em Arte-Terapia, em vários Estados do Brasil. É mestre em
Gerontologia e pesquisadora do NEPE-PUC-SP.
Durante sua prática em psicologia clínica e docência, Arcuri observou que seus analisandos de diferentes idades, em especial os idosos entre 60 e 70 anos, lidavam com o tempo cronológico e interno de forma diferente, ou seja, pareciam ficar de alguma maneira presos a situações passadas de maneira que o presente não era mais experimentado em sua plenitude. O futuro sequer era visualizado.
O livro Memória Corporal: o simbolismo do corpo na trajetória da vida é de fácil compreensão, sendo uma obra muito bem compilada, objetiva, porém sensível e enriquecedora. É fruto de uma pesquisa com senhoras judias que passaram pela II
Guerra Mundial. Segundo a autora, este público foi eleito justamente pelo seu recente histórico e pelos seus corpos marcados por uma situação de guerra.
De natureza qualitativa, o objetivo deste estudo é conhecer a relação que as senhoras de origem judaica possuem com seus corpos através de manifestações artísticas. A primeira parte do livro apresenta-nos as características do envelhecimento contemporâneo, abordando dois polos: os tabus, como o idoso excluído, gerontofobia, a e descategorização do envelhecimento e, em contrapartida, uma sociedade que, mesmo sendo preconceituosa, já se percebe envelhecente e está começando a se preparar para esta realidade. É importante destacar que este capítulo primeiro também discorre a respeito da memória