Meio ambiente
As consequências da agricultura para o meio ambiente
• A destruição exagerada e, quase sempre, desnecessária das formações vegetais, a degradação dos solos, a poluição das águas e até da atmosfera e os efeitos negativos (por vezes desastrosos) para a fauna são as principais consequências para o meio ambiente da prática da agricultura, quer tradicional quer moderna.
• Embora a dilapidação das formações vegetais para aumento do solo arável ocorra ainda em todas as regiões do mundo, é nas regiões tropicais que ela assume maiores proporções.
No sistema de agricultura itinerante, as queimadas destroem imensas áreas de floresta e de savana, e os solos, depois de esgotados, são simplesmente abandonados. Desprotegidos, ficam então expostos à forte insolação que destrói os microrganismos que transformam a matéria vegetal em húmus e este em elementos minerais nutritivos absorvíveis pelas plantas. Nestas condições, os solos tornam-se estéreis e as águas de escorrência acabam por destruí-los por erosão.
A influência do pastoreio na degradação do ambiente
• O pastoreio, sobretudo quando os rebanhos são demasiado numerosos para a capacidade das terras de pastagens, constitui, com frequência, um autêntico f1agelo para o meio ambiente, traduzido essencialmente pela de gradação das formações vegetais e dos solos, com especial incidência nas regiões de clima tropical, semiárido, árido e mediterrânico e até nas grandes planícies de clima mais ou menos úmido, onde domina o pastoreio extensivo.
Com efeito, comendo os rebentos, os ramos e as folhas das árvores jovens e dos arbustos, os animais, particularmente os ovinos e caprinos, impedem o seu normal desenvolvimento, acabando a cobertura vegetal por ficar reduzida a algumas espécies espinhosas mais resistentes. Por outro lado, para favorecer o desenvolvimento das pastagens, os pastores não hesitam em lançar fogo à vegetação arbórea e arbustiva, provocando danos, muitas vezes irreparáveis,