MEIO AMBIENTE
seja, a retenção de calor na atmosfera, o que gera o aquecimento global.
As consequências das mudanças climáticas se refletem seja na agricultura – através do rendimento
das colheitas, do aumento dos preços dos alimentos, do custo dos transportes, o que pode colocar
em risco a segurança alimentar –, seja no mundo como um todo – com a destruição de ecossistemas,
a redução de áreas congeladas, o aumento do nível do mar, a alteração nos regimes de chuvas,
ocasionando secas em algumas localidades e, em outras, enchentes e deslizamentos.
São muitos os desafios para que se consiga reduzir os impactos das mudanças climáticas.
A redução das emissões dos gases de efeito estufa é uma questão chave neste contexto. Por
envolver interesses econômicos e políticos, há a necessidade de uma mobilização das organizações
internacionais. Contudo, até mesmo acordos feitos na esfera internacional necessitam ser negociados
e implementados em âmbito nacional.
O Protocolo de Quioto é um instrumento internacional, criado em 1997, que estabeleceu metas de
redução de emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 5% para o período de 2008 a 2012, tomando como base os valores das emissões registradas em 1990, com metas diferenciadas para
cada país “desenvolvido”, enquanto os países em desenvolvimento, apesar de se comprometerem
em reduzir as emissões, não possuem metas de redução formais.
Segundo as disposições do Protocolo, ele só poderia entrar em vigor quando 55% dos países que
produzem, juntos, 55% das emissões de gases de efeito estufa aderissem a ele.
O Protocolo já foi ratificado por 175 países, mas não conta com a adesão dos Estados Unidos (um
dos maiores emissões de dióxido de carbono do mundo), além de outros grandes emissores, o que
fez com que ele só pudesse entrar em vigor somente em 2005.
Em 2012, foi aprovado o segundo