Meio ambiente: Século XVI
A concepção de natureza, no decorrer da história, foi influenciada por muitos pensadores sempre revestida de um grande grau de complexidade e exigindo um olhar ampliado para que se pudessem extrair, com maior fidelidade, os significados presentes. A história desta concepção, ou o que podemos chamar hoje de história ambiental é a história de vários ciclos da vida e da evolução, das mudanças tecnológicas e das transformações culturais e sociais.
O que hoje entendemos e denominamos como ecologismo ou ambientalismo, ou preocupação com o meio ambiente, não existia há 300 anos atrás. Mesmo até a metade do século XX a expressão ambientalismo e o entendimento sobre o assunto existiam apenas nos discursos de poucos especialistas. De fato já existia até meados do século passado quase tudo o que conhecemos como “destruição do meio ambiente”, porém não denominado dessa forma.
Catástrofes ambientais certamente já ocorreram nos séculos passados, mas não eram reconhecidas como uma ameaça para a humanidade e para o progresso da sociedade assim como conhecemos e entendemos na atualidade.
Relação entre homem e meio ambiente: “Civilização”
Constitui um erro acreditar que foi somente o homem dos nossos dias que cometeu as mais graves infrações no campo da defesa ecológica. Ao contrário, a configuração do meio ambiente na Antiguidade e na Idade Média demonstra nitidamente que a inobservância dos preceitos ecológicos, já desde a formação dos primeiros núcleos populacionais, de grande porte, por volta do ano de 8000 AC levou ao aparecimento de alterações ecológicas.
Por certo destruir a natureza fazia parte do processo civilizatório. O homem evoluiu depredando e “dominando a natureza”. A própria história da formação da nação brasileira é baseada neste processo depredador. Teria o homem conhecimento de que o desmatamento, a erosão do solo e o lançamento de lixo nos esgotos poderiam trazer danos ambientais? Teria o homem daquela época condições de