Medo social
O debate iniciou-se com a tela do expressionismo “O Grito” de Edvard Munch (1983). A imagem angustiosa e desesperada de Munch representa um paradigma da solidão e da incomunicação. Essa face influenciou a máscara do filme “Pânico”.
O medo é uma sensação que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente. É vinculado ao estresse, a adrenalina e o cortisol. O medo ocorre em locais estranhos, desorientadores, longe dos objetos e figuras que dão apoio.
O medo social é o medo construído socialmente que afeta a coletividade. É capaz de agregar elementos negativos aquilo que denominamos estereótipo turístico, temos algumas cidades que representam em seu estereótipo turístico elementos que propiciam o medo social e efeitos negativos ao turismo receptivo.
O medo social é um dos principais influenciadores do turismo. Quando um local apresenta o fator medo incluso, seu grau de atratividade diminui. Os elementos do medo social são guerras, revoltas sociais, motins, catástrofes naturais, pestilências, instabilidade política, atentados terroristas e locais onde há criminalidade e violência. Exemplos com o Rio de Janeiro, países como o Afeganistão, Iraque e países da África que passam por revoltas sociais como Uganda, recentemente Moçambique, o Japão, entre outros.
Focando no exemplo brasileiro, o Rio de Janeiro é a 28ª maior cidade do mundo, 38ª lugar mais visitado, porém existem graves problemas com violência. Em 2008 ocorreu uma epidemia de dengue na cidade o que causou 30% de cancelamentos. Todo verão ocorrem enchentes, alagamentos, deslizamentos e, consequentemente, mortes. Para agravar ainda mais a situação, em 2010 alguns traficantes invadiram um hotel em São Conrado, trocaram tiros com policiais e fizeram algumas pessoas de reféns.
Finalizando, a violência e a criminalidade estão muito presentes na imagem orgânica, ou seja, construídas através de