MEDO DA MORTE
O medo é a resposta mais comum diante da morte. O medo de morrer é universal e atinge todos os seres humanos, independente da idade, sexo, nível socioeconómico e credo religioso.
McMordie (1981) apud Kovács (1992) estudando as crenças religiosas e o medo da morte verificou que esse medo diminui nas pessoas mais religiosas.
Em nossa pesquisa com universitários verificamos que os indivíduos que declararam maior envolvimento religioso apresentaram menores escores de medo da morte na EMMM, e os que declararam médio envolvimento religioso tiveram os escores mais altos, ficando os ateus com os escores intermediários.
O medo da morte tem um lado vital, que nos protege, permite que continuemos nossa obras, nos salva de riscos destrutivos e autodestrutivos. Esse mesmo medo pode ser mortal, na medida em que se torna tão potente e restritivo que, simplesmente, a pessoa deixa de viver para não morrer, mas, se observarmos mais atentamente teremos um morto diante de nós que se esqueceu de morrer. ATITUDES DIANTE DA MORTE VISÃO HISTÓRICA, SOCIAL E CULTURAL
Segundo Morin (1970) apud Kovács (1992) é nas atitudes e crenças diante da morte que o homem exprime o que a vida tem de mais fundamental.
A morte representa uma invariante essencial na experiência humana, mas também é relativa, tendo em vista que as relações do homem se alteraram pela maneira como ela os atinge. Assim, todas as representações de morte estão imersas num contexto cultural.
Baseados nas publicações de Aries, apresentaremos algumas das representações de morte:
A morte domada: O homem sabe quando vai morrer, por certos avisos, signos naturais ou por uma convicção interna.
São os seguintes os atos dedicados ao cerimonial do moribundo: o lamento da vida, o perdão dos companheiros e o terceiro ato é a absolvição sacramental.
A morte de si mesmo: Ocorre o medo do julgamento da alma, com a sua ida para o inferno ou o paraíso. O homem buscava garantias para o além, através de ritos de absolvição como: