MEDO COMO EMOÇÃO
MOTIVAÇÃO E EMOÇÃO
MEDO
Rio de Janeiro
2015
1 – INTRODUÇÃO O presente trabalho aborda uma emoção básica: o medo, que é um tema atual que vem ganhando espaço, pois faz parte do presente de todos nós, sendo considerado um sentimento capaz de alterar nossos padrões mentais e/ou comportamentais. Este estudo propõe reflexões a respeito do olhar conceitual sobre o medo e consequente abordagem dessa emoção retratada em suas manifestações históricas1.
Segundo Delumeau (1989) os diversos sentidos do medo – conceituando inicialmente como emoção básica (emoção-choque), relacionado a perigo e defesa. Delpierre (1974) descreveu que o medo provoca efeitos diferentes conforme as circunstancias, variando de um individuo para outro – resultando em reações psicológicas e físicas observadas em humanos e animais1.
Ao longo da historia a própria concepção do medo vem sofrendo modificações conforme o sentido que vai tomando individual e socialmente. Desta maneira este trabalho procura focar na diversidade de experiências e conceitos ligados ao medo, declinando da definição conceitual pura e simples; objetivando esclarecer o significado que o medo adquire conforme o contexto histórico cultural1.
O estudo busca demonstrar que o sentido de uma experiência emocional leva em consideração nossas referencias internas, mas também a linguagem pública atribuída a ela, sujeita aos julgamentos externos, gerando diferentes maneiras de entender e experimentar o medo. Segundo Solomon (1995) “as emoções são um julgamento básico sobre nossos eus e seus lugares no mundo”. Acrescentando a isto, conforme Costa (1998) não é a natureza da emoção que mais importa e sim “a natureza e o lugar de um tipo particular de emoção numa visão de mundo particular”2.
Sendo assim, considerando o estudo de diversos autores este trabalho objetiva dissertar sobre o medo não apenas como uma reação emocional, de natureza única e sim considerando o medo como