Mediação de conflitos

INTRODUÇÃO

Em atividades diárias, existe uma série de conflitos em que os estereótipos sobre a criminalidade se fazem fortemente presentes, fugindo assim da concepção hegemônica de que a missão policial seja combater o crime. Esses tipos de conflitos, aqui denominados como interpessoais, são extremamente comuns no cotidiano de policiais militares e civis, mesmo que não sejam considerados por muitos policiais como serviços de polícia. Este é o caso de violências domésticas, brigas de vizinhos, agressões em bares, casos de seqüestros, assassinatos, entre muitos outros eventos que não resultam em uma investigação, mas que integram grande parte das atividades de qualquer polícia.

Os policiais devem estar sempre preparados para situações que envolvem conflitos, mesmo que estes sejam considerados de menor potencial, e mais de que isso devem ainda estar preparados para gerenciá-los, haja vista a sociedade ver no policial a solução para eventos conflitantes da sociedade. Uma preparação não somente física, mas também psicológica se faz extremamente necessário, para a neutralidade no gerenciamento, eliminando assim, o envolvimento psicoemocional. Gerenciar os conflitos (pequenos ou grandes), sejam dos crimes contra o patrimônio ou contra a vida, devem ser uma constante na vida do profissional de segurança publica.

CONFLITO

A convivência em sociedade, conduz as pessoas a demonstrarem e expressarem os mais variados comportamentos e, consequentemente divergências e confrontos de opiniões entre duas ou mais pessoas. O conflito é entendido como um “fenômeno normal que existe onde existem pessoas”[1]. Tornando-se desta forma inevitável onde haja relacionamentos entre pessoas. O conflito pode ainda ser tomado como não necessariamente um evento negativo, vez que oportuniza desenvolvimento de capacidades sociais, coesão e crescimento entre os envolvidos e, se geridos adequadamente aflora a percepção de diferentes modos