Mecânica dos solos
1- Origem e Utilização dos Diversos Solos
A variedade dos tipos de solos encontrados em problemas de engenharia é quase ilimitada, variando de blocos de pedra dura, densa, grande a pedregulhos, areias, siltes, argilas até depósitos orgânicos de turfas compressíveis e moles. Para aumento de complexidade, todos estes materiais encontram-se numa ampla variedade de densidades e conteúdos de água. Em um dado local, um número diferente de tipos de solos pode estar presente, e a composição pode variar de intervalos grandes a pequenos até poucos centímetros.
Não é surpreendente, entretanto, que uma porção considerável dos esforços dos engenheiros geotécnicos sejam dedicados à identificação dos solos e a avaliação de propriedades apropriadas para o uso em uma análise particular. O que é surpreendente, talvez, é que a aplicação dos princípios da mecânica a um material tão diversificado quanto o solo, de tão bons resultados.
Entender e apreciar as características de qualquer depósito de solo requer uma compressão de que material é, e como este pode estar, e em que estado se encontra.
De grande importância são as considerações sobre a intemperização de solos e rochas, a erosão e transporte de solos, processos deposicionais e mudanças pós-deposicionais em sedimentos (assunto visto na disciplina de Geologia de Engenharia).
A definição do que é solo depende em muitos casos de quem o utiliza. Na língua portuguesa, solo significa a superfície do chão, original da palavra herdada do latim “solum”.
Na agricultura solo é a camada de terra tratável, que suporta as raízes das plantas. Na geologia, o solo é somente a capa superficial sobrejacente a rocha.
Para o Engenheiro Civil, os solos são um aglomerado de partículas provenientes de decomposição da rocha, que podem ser escavados com facilidade, sem o emprego de explosivos, e que são utilizados como material de construção ou de suporte