mecanismo de reparo de DNA
O mecanismo de reparo do DNA é importante pois permite à célula consertar erros na informação genética, preservando-a. Caso a correção não ocorra, os erros serão passados à geração seguinte, predispondo a problemas de saúde. Esses mecanismos consistem basicamente em cinco etapas, que se diferem quanto ao modo como são realizadas. Primeiramente há o reconhecimento do erro, a incisão ou “corte” dele, seguida por sua excisão ou “retirada”. Depois ocorre a síntese de uma nova sequência que substitua o erro excisado e por último, a ligação desse produto recém sintetizado à fita de DNA.
Há vários tipos de mecanismos de reparo, dentre eles:
I. Reparo por excisão de bases (BER): a enzima DNA-glicosilase reconhece e remove bases lesadas através da quebra de ligações N-glicosil, que mantém a base nitrogenada ligada ao esqueleto açúcar-fosfato. O sitio ao qual essa base estava ligada fica também lesado, sendo reparado pela AP endonuclease. Depois a enzima DNA desoxirribose-fosfodiesterase remove os resíduos do esqueleto açúcar-fosfato. Por último a DNA polimerase reconhece e complementa a lacuna existente.
II. Reparo por excisão de nucleotídeos (NER): o complexo enzimático endonuclease ABC reconhece e cliva os dois lados da lesão, correspondendo a um oligonucleotideo de aproximadamente 30 unidades. É necessário que a helicase atue removendo a lesão, para então entrar a DNA polimerase, que complementa a lacuna nucleotidea.
III. Mismatch repair: diferentemente do BER e NER, o reparo aqui decorre de um mal pareamento das bases de DNA e não de uma lesão propriamente no DNA. Proteínas mut se ligam à porção da fita não-metilada recém-sintetizada, clivando-a na porção do erro, o que sinaliza a necessidade de reparo. A fita não-metilada é então degradada no sitio de clivagem até a região de mal pareamento e uma nova sequência de DNA é sintetizada. Esse mecanismo foi estudado em procariotos, mas há grande similaridade com a célula