um salão, senhores conversam sobre atualidades e amenidades. A noite termina com um jantar descontraído, alguns até acompanham a novela de relance. Normal, não fossem os chapéus e aventais com símbolos milenares, as colunas gregas e as imagens de sóis e luas. Mas, além das roupas e da decoração esquisitas, há uma diferença mais importante. Todos têm compromisso de ajudar uns aos outros, e vários têm como: são empresários, advogados, formadores de opinião. Por falar em opinião, tudo que é debatido ali fica entre aquelas 4 paredes - sem janelas, como toda loja maçônica. A maçonaria pode não ter mais a influência de quando liderava revoluções e fundava países, mas continua atiçando a imaginação. Sabe-se que para entrar no clube é preciso ser homem e acreditar em algum deus, e pouco mais que isso. O maior best seller de 2009, O Símbolo Perdido, de Dan Brown, joga com essa curiosidade, decifrando quebra-cabeças maçons espalhados por Washington (resumo comentado na pág. 72). Conforme esperado, a 3ª aventura de Robert Langdon (herói dos romances Anjos & Demônios e O Código Da Vinci) obteve ótimas vendas e péssimas resenhas. Mas há uma crítica nova: dessa vez, Brown é acusado de não revelar tudo o que sabe. Uma colunista do New York Times insinuou que o autor teria sido silenciado pela sociedade secreta. Será que a maçonaria tem poder para amedrontar o maior vendedor de livros do mundo? E que mistérios ela teria para revelar? A aura de mistério acompanha os maçons desde a sua origem. Origem, aliás, que vem sendo criativamente recuada: alguns maçons incluem entre seus antecessores guerreiros das cruzadas, arquitetos do templo do rei Salomão e até os egípcios responsáveis pelas pirâmides (importantíssimas em O Símbolo Perdido). Realmente, os maçons surgiram em canteiros de obras, mas já no fim da Idade Média, na Inglaterra. Daí o nome deles: mason - se diz "mêisson" - era o termo para pedreiro em inglês.Mas os pedreiros da época equivaliam a arquitetos, engenheiros,