A MAÇONARIA COMO VALOR ESPIRITUAL Em nenhuma outra época como na presente, tem sido tão ativa a busca da luz, da verdade, da beleza e da sabedoria. Jamais existiram tantas e tão diferentes organizações que pretendam dar a luz da verdade. Por toda parte aparecem instrutores que pretendem ter encontrado algum método específico, mediante o qual o homem pode alcançar o conhecimento de Deus, a paz interior e a iluminação; conseguir o domínio de si mesmo; ou adquirir riquezas, bem estar e poder. As pessoas vão de um instrutor a outro, buscando algo que lhes dê luz e sossego. Todos pertencemos a algum grupo organizado de buscadores da luz, seja metafísica, esotérica ou ortodoxa. Organizações tais como “Novo Pensamento”, “Ciência Cristã” e “Unidade” contam seus afiliados por milhares. Qualquer pseudoinstrutor, capaz de fazer-se ouvir ou de prometer muito, encontra sempre quem o escute. No caos organizado por estas tendências sectárias e aderências à determinada apresentação da verdade, a verdade mesma fica esquecida. No choque entre personalidades, lutando cada uma em favor de determinado instrutor e de seu ensinamento da realidade, a tranqüila e sussurrante voz da sabedoria se apaga na controvérsia sobre doutrinas, dogmas e cismas; e na energia que se dissipa na construção e destruição das formas, que a verdade pode assumir, se desvanece seu verdadeiro significado espiritual. Ante tal confusão, não é estranho que muitos investigadores sinceros, ao contemplar a aparição e queda de instrutores e escolas de pensamento, se perguntem se é que a verdade pode encontrar-se em alguma parte. É possível que a unidade possa estar velada por tantas e tão diversas formas? Será impossível encontrar uma expressão da verdade que seja includente e não excludente? Haverá um ensinamento da Sabedoria Antiga que venha a satisfazer a necessidade universalmente sentida? Será possível criar uma organização cujas características sejam a da