Maxilo facial
ASPECTOS GERAIS A assistência ao paciente politraumatizado, no geral, deve seguir o princípio do protocolo do ABC do trauma, deixando para um segundo momento, o tratamento das fraturas de face, a não ser quando este esteja pondo em risco a vida do paciente, por exemplo quando há compressão de vias aéreas ou sangramentos intensos. Em fraturas faciais, os ossos nasais são os mais comumente acometidos, estando o arco zigomático em segundo lugar; sendo o osso frontal o mais resistente.
I. FRATURAS NASAIS As fraturas da pirâmide nasal são muito freqüentes, e aproximadamente 39% das fraturas maxilo-faciais são nasais1. O trauma nasal é o terceiro em incidência, atrás do trauma de clavícula e de pulso. O pico de incidência é dos 15 a 25 anos de idade e há uma predominância de casos do sexo masculino de 2:1. Dentre as etiologias destacam-se os esportes tais como o Rugby, artes marciais e boxe, seguidos de acidentes automobilísticos (geralmente as mais graves) e finalmente por causa profissional. As crianças apresentam fratura nasal geralmente por acidentes domésticos, podendo ocorrer fraturas nasais em partos, por força na expulsão ou pelo uso de fórceps (6 a 10%). Muitas fraturas dos ossos do nariz como do septo nasal passam desapercebidas no primeiro atendimento ao paciente traumatizado, necessitando de procedimento cirúrgico posteriormente (septoplastia), para correção da obstrução nasal ou da estética nasal. Em todo sangramento nasal severo proveniente de trauma facial deve-se suspeitar de fratura nasal. FISIOPATOLOGIA Um entendimento inadequado da fisiopatologia do trauma nasal é responsável pelo alto índice de falha no seu tratamento. Os tipos de fraturas nasais e suas seqüelas dependem de alguns fatores: 1- Idade do paciente (flexibilidade das estruturas); 2- Intensidade e direção da força aplicada; 3- Natureza do instrumento causador do trauma. Lesões comuns de tecidos moles incluem laceração, equimoses e hematomas do nariz externo, assim