maus tratos na terceira idade

Violência é um tema bastante intrigante e que atualmente vêm ganhando o cotidiano da vida dos indivíduos, grupos sociais, da mídia em geral e das relações entre estado e sociedade no Brasil e no mundo. Segundo a organização Pan-americana de Saúde (OPAS) a violência, caracterizada pelo número de vítimas e a magnitude de sequelas orgânicas e emocionais que produz, passa a adquirir um caráter endêmico e se converteu num problema de saúde pública em muitos países.

A violência contra o idoso é considerada uma das faces mais cruéis de tal questão tão abrangente que permeia a sociedade brasileira atualmente, esta ganha relevância por ser a população que mais vem crescendo nos últimos anos, em termos demográficos e por fazerem parte da faixa etária que demanda mais cuidados físicos, materiais, psicossociais, de saúde, de atenção e de respeito. A sociedade moderna, historicamente, tem sido considerada responsável por generalizar o processo de envelhecimento, revelando essa etapa da vida com estigmas e estereótipos ao produzir conceitos e práticas que depreciam e inferiorizam a pessoa idosa e suas contribuições para a sociedade. A rede Internacional para a Prevenção dos Maus Tratos contra o Idoso define a violência contra esse grupo etário como um ato ou a omissão que lhe cause algum tipo de dano ou aflição e essa se reproduz em qualquer tipo de relação na qual exista vinculo ou expectativa de confiança.

A violência contra o idoso é algo que não se restringe a realidade de um país, de uma cidade ou localidade, mas, trata-se de um fenômeno complexo, que atinge tanto os países desenvolvidos, como os países subdesenvolvidos e é um fenômeno de notificação recente no mundo e no Brasil. Em nosso país a questão começou a ganhar os noticiários a partir de 1990, bem depois que a preocupação com a qualidade de vida dos idosos entrou na agenda da saúde pública brasileira. As formas de violência contra os idosos registradas no país se expressam por meio de atos de discriminação,