Maua
Analisar um filme se constitui sempre um desafio instigante, sobretudo um filme de cunho histórico. Essa tarefa acrescenta àquele que a desempenha uma percepção maior da narrativa histórica e viabiliza consequentemente uma maior compreensão da mesma. Além do que, como pretensos professores de História que somos, agimos bem em fazê-lo, pois o contexto que nos serve de pano de fundo na atualidade impõe-nos tal necessidade. Vivemos na era das imagens.
O filme "Mauá, o Imperador e o Rei" lançado no Brasil no ano de 1999, roteiro de Paulo Halm, Sérgio Rezende e Joaquim Vaz de Carvalho, dirigido por Sérgio Rezende e protagonizado pelo ator Paulo Betti (Irineu adulto) retrata a trajetória do destacado empresário Irineu Evangelista de Sousa, barão e posteriormente visconde de Mauá.
As primeiras cenas se desenrolam no Rio Grande do Sul, numa pequena localidade onde nasceu Irineu. Ainda garoto ficou órfão de pai, o que lhe dificultou a permanência em casa, pois sua mãe, ao casar-se novamente foi obrigada, por imposição do novo marido a encaminhá-lo para o Rio de Janeiro, onde moraria com o seu tio.
No Rio de Janeiro, começou a trabalhar no armazém do português Pereira de Almeida, onde se percebeu apto para os negócios e se empenhou em estudar, o que lhe possibilitou maior visão e tato comercial. Com o tempo tornou-se empregado de confiança do português e sistemático controlador de seus negócios. Graças a sua habilidade de negociação, ganha a simpatia do escocês Richard Carruthers, que se dispõe a educá-lo nos moldes do liberalismo econômico, prevalecente na Inglaterra.
Alguns anos depois, o escocês, percebendo-se acometido de "Banzo", (saudades da terra natal) doença comum dos escravos da época, resolve voltar para a Inglaterra e confia os seus bens aos cuidados de Irineu. Após uma visita àInglaterra, Irineu decide mudar os rumos de seus negócios e resolve investir na Indústria, construindo uma Fundição e Estaleiro em Ponta da