Matriz de identidade
O suborno, a coação e a experiência que na primeira fase exemplifica a relação da criança com as pessoas e coisas a sua volta, são as características da matriz de identidade. Esta matriz de identidade cria o fundamento para as primeiras arendizagens emocionais da criança (J.L. Moreno, Psychodrama, v. 1, Beacon House, 1979, pág. 61)
Esses conceitos mencionados acima, segundo Moreno, são de extrema importância para o entendimento do desenvolvimento intrapsíquico, ele contesta que tudo o que acontece ao redor bebê é sentido como se fosse dentro dele e que a carga tensional do ambiente em que ele vive é parte construtiva do seu ser, é o que ele recebe nesse meio, que a criança começa a viver o processo de se reconhecer como semelhante aos outros e como um ser único, idêntico a si mesmo.
O bebê ocupa um espaço físico sob o teto daqueles que o recebem e também um espaço virtual, que dispõe as condições iniciais para seu desenvolvimento.
Esta etapa definirá o que o bebê desenvolverá depois, como citado no texto: “o mundo é e eu sou: duro, tenso, receptivo, acessível, agressivo etc.”
Moreno diz que o primeiro papel que inicia o delineamento do eu é a função da mãe alimentar o seu bebê, chamado por Moreno de papéis psicossomáticos.
As funções biológicas determinadas como por exemplo: a micção, a respiração, a alimentação e a defecação são chamados de papéis psicossomáticos já que dependem de uma função essencial para a sobrevivência de uma criança, e o bebê cumpre essas funções auxiliados por alguém que assuma essa responsabilidade, portanto, são funções derivadas do papéis mãe-filho, ou protopapéis.
O eu vai se estruturando a partir da internalização das normas vigentes do ambiente no qual o bebê se desenvolve, isso se faz através do papel de filho, que é o de ser alimentado, e o papel complementar é a mãe, ainda quando os cuidados da primeira etapa forem cumpridas pelos pais ou outro responsável, mesmo que para o bebê qualquer um