Matrix e o Mito da caverna
Uma das passagens mais conhecidas nas obras do filósofo Platão (um dos principais discípulos de Sócrates) é O mito da caverna, que no presente trabalho será relacionado com o filme Matrix, que de certa forma representam a humanidade presa às aparências e as máquinas e como a partir da luz, podemos nos libertar da escuridão que nos aprisiona.
Na filosofia de Platão existem dois mundos: o mundo dos sentidos, aquele que podemos perceber ao nosso redor através dos cinco sentidos; o das ideias que não é concreto, só o pensamento pode nos levar até lá. Já a Matrix sendo controladora da inteligência humana e dominadora do mundo, cria uma falsa realidade na qual todos acreditam. E assim a Matrix representa a caverna de Platão onde as pessoas estão aprisionadas ao mito, acorrentadas veem as coisas que conhecem como se fossem reais, mas não passam de ilusão. A verdade estaria fora dela, no mundo das ideias. Neo que sempre desconfiou de que a realidade não era a que se apresentava, pode representar facilmente o filósofo Sócrates que nunca se satisfez com os conceitos já estabelecidos. A consulta ao oráculo estabelecida por Sócrates também frequente no filme, dizia ele ser movido por “espíritos” assim como Neo era instigado por Morfeu, levando assim a desconfiar das aparências, procurar a realidade das coisas e conhecer a si mesmo, (o conhece-te a ti mesmo, de Sócrates). Neo, um dia se liberta de Matrix para enxergar “o deserto do real”, por recusar a condição em que está procurando a luz da verdade.
Podemos dizer que os prisioneiros são a humanidade ignorante por não saber e não conhecer. E são as correntes que dificultam o acesso ao conhecimento. Deixando exposto tanto no filme quanto na alegoria da caverna o simulacro no qual o homem está preso, ou seja, a aparência, o parecer ser. A sociedade nos indica com suas normas habituais mas, a intuição diz que nosso caminho é outro. . Então é preciso desconfiar das aparências, devemos nos guiar