Matrix 10 anos depois
(Obs: O texto a seguir vai muito além da trilogia Matrix, vai além do que os irmãos Wachowsky puderam mostrar, ele cai num abismo sem fim de considerações, divagações e postulados decorrentes da evidente mistura de filosofia, mangá, sci-fi, cyberpunk, literatura, história, mitos, artes marciais, religiões e paradoxos contidos. Talvez tudo isto não passe de bobagem, de um exercício prolixo de imaginação. Talvez seja agregar valor excessivo a uma obra possivelmente despretensiosa. De superestimar este mundo criado. O que se segue é uma mistura de crônica, crítica, trabalho e artigo. Liberdade criativa em favor da qualidade. Peço que perdoe-me pela idiossincrasia.)
Analisado agora, dez anos após o seu lançamento, o filme Matrix – idealização dos irmãos Larry e Andy Wachowsky – conserva toda sua significância inicial e seu caráter revolucionário. E um dos melhores parâmetros que podemos ter para identificar uma obra-prima é este: a forma indelével de seu relacionamento com o tempo.
Mas o que transforma um blockbuster em algo tão fascinante?